Quatro pessoas envolvidas em crime de homicídio na forma tentada e consumada, ocorrido no mês de janeiro na Capital, tiveram mandados de prisão cumpridos pela Polícia Civil, nesta sexta-feira,29, após terem sua participação identificada em investigações da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP). O crime foi praticado a mando do Comando Vermelho como punição às vítimas.
Foram cumpridas ordens de prisão contra os suspeitos, Caio Andreonni Lima Locatelli e Alexandre Soares de Lima, conhecido como “GT” (que tiveram as prisões temporárias convertidas em preventiva), além da prisão preventiva de Ittalo Matteus Ribeiro Fortes e Silva, 20, o “Verdinho”, identificado como mandante do crime e o mandado de prisão temporária contra, Joanito da Silva Leite.
O crime ocorreu no dia 24 de janeiro, às margens de um rio, no bairro Imperial II, em Cuiabá, tendo como vítima fatal, Weslley da Silva Natividade, 29. e E.A.S. como vítima tentada.
Na ocasião, as vítimas foram espancadas pelos suspeitos, sendo posteriormente socorridas e encaminhadas ao Pronto Socorro de Cuiabá, onde Weslley não resistiu aos ferimentos e morreu.
Segundo as investigações da DHPP, conduzidas pelo delegado Caio Fernando Alvares de Albuquerque, o crime foi cometido a mando de uma facção criminosa, como punição por um furto a residência cometido pelas vítimas. Apontado como mandante da execução, Itallo estava preso na ocasião e por isso teria acionado os demais suspeitos para aplicarem a punição.
De acordo com o delegado, Caio Albuquerque, as vítimas foram submetidas a um verdadeiro ritual de tortura, sendo agredidas com pauladas, socos, chutes e afogamentos.
“A violência das agressões foi comprovada pelas fotografias do laudo de necrópsia de Weslley, assim como pela situação da outra vítima, que teve as duas pernas fraturadas e mesmo assim preferiu não falar nada sobre o assunto”, disse o delegado.
Os suspeitos identificados tiveram as ordens de prisão decretadas pelos crimes de duplo homicídio (consumado e tentado) qualificados pelo motivo torpe (vingança por suposto furto praticado pelas vítimas), mediante crueldade e recurso que impossibilitou a defesa (uma vez que as vítimas foram atraídas a local ermo, onde, não tiveram outra saída que não suportar as agressões), e de integração de organização criminosa.
Com base nos trabalhos investigativos, inicialmente foi representado pelas prisões temporárias dos suspeitos Caio, Alexandre e Ittalo, sendo deferidas as ordens judiciais contra os dois primeiros, devidamente cumpridas no dia 24 de outubro.
Interrogados, Caio e Alexandre confessaram o envolvimento nos fatos, e delataram os outros executores, além de confirmar a identidade do mandante Ittalo.
Os suspeitos passaram detalhes da ação criminosa, revelando que as vítimas foram levadas ao local pelo primo Joanito e um terceiro, que presenciaram todos as agressões praticadas contra as vítimas. Com o curso das investigações, outros três executores (de identidades ainda preservadas) foram identificados e a investigações seguem em fase de conclusão com o apontamento de todos os envolvidos.