Política

Às vésperas de julgamento, defesas intensificam busca por ministros do STF

Advogados apresentam versão reduzida de defesa e argumentam para absolvição dos réus ou penas mais brandas

PEDRO RIBEIRO/DA EDITORIA/COM CNN 01/09/2025
Às vésperas de julgamento, defesas intensificam busca por ministros do STF
Os ministros Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma; Alexandre de Moraes, relator do processo; Luiz Fux e Flávio Dino já receberam advogados dos réus | Ton Molina

Os advogados dos réus do “núcleo 1” do processo sobre suposta trama golpista intensificaram a maratona nos gabinetes dos cinco ministros da Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) às vésperas do início do julgamento, marcado para começar nesta terça-feira (2).

Os ministros Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma; Alexandre de Moraes, relator do processo; Luiz Fux e Flávio Dino já receberam advogados dos réus.

Os principais “maratonistas” de gabinete em gabinete são os advogados do general Augusto Heleno, do ex-ministro Anderson Torres, do ex-ministro Paulo Sérgio Nogueira e do colaborador Mauro Cid, respectivamente representados por Matheus Milanez, Eumar Novacki, Andrew Fernandes e Cezar e Vânia Bitencourt.

A ideia do périplo é apresentar aos ministros alguns memoriais, que são versão reduzida das teses da defesa, e, claro, argumentos para tentar convencer os magistrados a absolver seus clientes ou, em último caso, abrandar possíveis penas.

A equipe do colaborador Mauro Cid, que foi ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro (PL), já foi recebida pelos ministros Moraes, Zanin e Fux. Dino está marcado para a próxima semana.

A estratégia de visitar os gabinetes começou na segunda quinzena de agosto. O ministro Zanin foi o primeiro a receber os encontros com os advogados.

Heleno, Torres, Nogueira e Cid são acusados de integrar, ao lado de Bolsonaro, Braga NettoAlmir Garnier e Alexandre Ramagem o chamado “núcleo crucial” de uma trama para manter o ex-presidente no poder e impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Todos negam as acusações.