Política
A grilagem de terra não é um fenômeno restrito à inciativa de ações privadas de áreas urbanas e rurais. Vez pior outra gestores públicos mal intencionados e/ou mal assessorados dão ‘caneladas’ para tentar lançar obras em áreas privadas e sem realizar o processo administrativo de desapropriação, como rege o Código de Processo Civil.
Nos últimos quinze anos no Brasil, tanto os grileiros profissionais quanto ações desastrosas de gestores públicos, grilaram aproximadamente 100 milhões de hectares. Isso representa quatro vezes a área do estado de São Paulo, quase 12% do território nacional. Em diferentes momentos utilizou-se de distintos mecanismos para a apropriação da terra urbana e rural, e com isso buscou-se a legitimação das áreas apropriadas ilegalmente.
É neste contexto que a grilagem deve ser vista como um instrumento e não o fim de um processo. Nesta segunda feira, 17, em Cuiabá, durante lançamento das obras da construção do Hospital Veterinário Municipal – Manchinha, em Cuiabá o empresário Luiz Alberto Gebrim, protestou afirmando que ele é o verdadeiro proprietário da área e que a Prefeitura não o indenizou para ocupar a área. A Prefeitura nega que ele seja o dono.
A área tem 21 hectares e fica em frente ao Cemitério Parque Bom Jesus, na rodovia Palmiro Paes de Barros. E segundo Gebrim, ele a comprou há mais de 10 anos. Ele diz ainda que nos últimos meses procurou a Prefeitura para tentar fazer um acordo para vender a área. A Prefeitura também nega que tenha sido procurado pelo empresário. Após a manifestação do empresário, o prefeito Emanuel cancelou o lançamento.
[caption id="attachment_11066" align="aligncenter" width="305"] Fotos: RDNews[/caption]