Política
Efeito borboleta é o nome de uma teoria matemática que atribui a pequenas ações o poder de desencadear grandes acontecimentos. O nome vem de um exemplo: o bater de asas de uma borboleta pode provocar um furação do outro lado do planeta.
Na política e na polícia, dependendo das equações, o resultado pode ser exato ou não.
No caso positivo os resultados podem trazer satisfações para toda a sociedade e serem vistos a olho nú por qualquer pessoa. No caso negativo, as consequências podem ser maiores.
E pode ter consequências do outro lado do planeta. Um desses casos negativos aconteceu no início de 2015, quando os jornalistas Pedro Ribeiro, do Página 12 e Laerte Lannes, do O Mato Grosso, iniciaram uma série de reportagem acerca das ações nefastas do ex-presidente do Tribunal de Contas, Antônio Joaquim e, consequentemente, com outros Conselheiros, José Carlos Novelli, Sérgio Ricardo, Waldir Teis e Valter Albano.
Os cincos, em conluio, receberam em ‘achaque’ a bagatela de R$ 53 milhões do ex-governador Silval Barbosa(MDB), para que aprovassem as contas de Governo, do MT-Integrado e das obras da Copa do Mundo de 2014 e a construção do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT).
Foi à deixa que os jornalistas precisavam para iniciar uma série de reportagens e denuncias, a partir de documentos investigativos. As denuncias dos jornalistas foram corroboradas pelo ex-secretário da Casa Civil, Pedro Nadaf e pelo ex-governador, Silval Barbosa.
As séries de reportagens dos jornalistas deram ânimo aos dois(Pedro e Silval) para que encaminhassem as denuncias ao Ministério Público Federal, Estadual, Polícia Federal e para a imprensa nacional. Em outubro de 2015, o conselheiro Antônio Joaquim, ‘armou’ um flagrante preparado, conjuntamente com seu advogado, José Antônio Rosa, para tentar calar os jornalistas.
Mas, a engenharia nefasta da armação, não calou os jornalistas que continuaram a denunciar a roubalheira no TCE. No final da tarde de quinta feira, 19, os ministros do Superior Tribunal de Justiça(STJ), por unanimidade, negaram mais uma vez a volta dos cincos conselheiros afastados.
A decisão dos ministros do STJ, julgado na quinta feira, 19, seguiu o voto do ministro-relator Raul Araújo, e os conselheiros estão fora do TCE por mais 180 dias.
Eles estão afastados há quase três anos (14/09/2017) por ordem do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), na Operação Malebolge, da Polícia Federal. Antônio Joaquim, José Carlos Novelli, Sérgio Ricardo, Waldir Teis e Valter Albano tentam desesperadamente tentar voltar aos cargos e já gastaram centenas de milhares de reais em suas defesas, sem sucesso.