Os dados mostram que o surto de coronavírus em Mato Grosso está seguindo uma trajetória semelhante à de outros estados brasileiros, com um atraso de cerca de duas semanas.
Embora o pânico não ajude ninguém, a única reação racional a essa informação é um alarme sério. Na segunda feira, 30, o governo do estado já anunciava um número de 18 infectados.
O padrão de crescimento exponencial é repetido em outros estados brasileiros.
Se a doença avançar os infectologistas esperam um número maior de pessoas com o vírus.
Esses são os fatos brutos que levaram à mudança da política do governo Mauro Mendes(DEM), com uma abordagem focada na “mitigação” parcialmente substituída por uma política mais agressiva de “supressão”.
É certo que a fórmula é barroca, mas refere-se ao coeficiente multiplicador do coronavírus.
Aplicado a Mato Grosso, isso mostraria que uma pessoa afetada contaminaria, em média, três outras.
A solução, forte nos cálculos aprendidos, seria, portanto, que cada um de nós divida por quatro suas frequências para que a epidemia recue.
Essa seria a condição sine qua non. Eureka! seríamos tentados a gritar como Arquimedes.
Então, em vez de ter moral baixa, humor sombrio e mente ansiosa, vamos fazer esse esforço e recuperar a esperança.
Com um pouco de disciplina, alguns sacrifícios, a saída é ficar em casa.
Não é o fim do mundo e, no entanto, não há fatalidade para essa calamidade planetária.
Sejamos claros: no ponto em que estamos, seria inútil procurar uma alternativa ao confinamento, à qual todos devem obedecer.
No entanto, essa medida extrema de saúde pública constitui uma admissão de falha coletiva.
O pânico – nesse caso - tomou conta e aumentou o Leviatã, o poder soberano destinado a nos proteger um do outro.
Por outro, a economia se aproxima do colapso com o fechamento das empresas, o que pode levar demissões em massa e o processo falimentar de centenas de empresários.
Enquanto isso, o número de mortos do Covid-19 irá subir a cada dia. Para tentar sairmos dessas horas cinzentas da pandemia, devemos testar os suspeitos, dar os resultados e isolá-lo.
Cabe a todos os mato-grossenses tentar, de todas as formas possíveis, permanecer unidos e compassivos à medida que a doença invade todas as facetas de nossas vidas.