Política
O DEM, partido do ministro das Saúde, Luiz Henrique Mandetta, identificou o crescimento nos últimos dias de ataques de perfis bolsonaristas nas redes sociais a ele.
A legenda detectou até mesmo integrantes do Aliança pelo Brasil à frente dos ataques.
Para a cúpula da sigla, a movimentação acompanha o recrudescimento das críticas do presidente Jair Bolsonaro a Mandetta nos últimos dias. E segue o padrão de outras demissões ministeriais neste governo: críticas públicas do presidente e ataques nas redes.
O DEM, porém, avalia que Mandetta deve manter sua estratégia e não pedir demissão. O ideal é que o ministro se esforce para, segundo uma fonte, "se manter nas páginas de saúde nos jornais e não nas de política". Sem, portanto, um confronto aberto contra o presidente.
Há a leitura também de que o embate até agora só fez vitorioso Mandetta, cuja aprovação popular, segundo pesquisas recentes, é o triplo da do presidente. E qualquer que seja o desfecho, ele sairá maior do que entrou na crise.
Os integrantes do partido, contudo, evitam traçar prognósticos para ele agora. Uma fonte disse à CNN que fazer essa avaliação agora ou tentar capitalizar politicamente é exatamente o que o presidente busca como pretexto para derrubá-lo.
Além de Mandetta, o DEM tem mais dois ministérios na Esplanada: Agricultura (Tereza Cristina) e Cidadania (Onyx Lorenzoni). Tasmbém comanda o Congresso Nacional com os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara, Rodrigo Maia.