Política
De tão estranhas ou mal contadas, existem histórias que, aparentemente, só os políticos são capazes de produzir - e que, de tão singulares, eles também se complicam muito na hora de explicar.
É o caso do prefeito Fábio Junqueira (MDB) que contratou, com dispensa de licitação, a Faculdade de Medicina de Várzea Grande (Famvag) pela ‘bagatela’ de R$ 3.520.096,00 para prestação de serviços de recursos humanos no atendimento em casos da Covid-19, o Novo Coronavírus para atendimentos em leitos de UTI e enfermarias do Hospital Municipal de Tangará da Serra(242 KM de Cuiabá), pelo período de 120 dias.
O contrato já foi assinado e publicado e o pagamento será efetuado em quatro parcelas mensais de R$ 880.024,00.
O problema é que a empresa não existe.
A reportagem do Página 12 esteve no local em Várzea Grande e que foi apontado pela empresa como a sua instalação, funciona o Hospital e Maternidade São Lucas.
No contrato assinado pelo prefeito, no Ato de Ratificação de Dispensa Emergencial de Licitação Nº 04, aparece a Famvag como sendo Faculdade de Medicina de Várzea Grande.
A instituição, segundo seu CNPJ, teria como atividade principal educação superior - graduação. No entanto, não é credenciada e nem tem autorização do Ministério da Educação nem mesmo para ofertas cursos pelo sistema EAD, conforme informou reportagem do site A Bronca Popular, de Tangará da Serra.
No contrato social da empresa, aparece como proprietário, Alfredo Almerindo Monteiro Junior, se identifica como sendo o Dr. Alfredo Monteiro – médico diplomado pela Itipac de Tocantins/TO.
Porém não há registro no Conselho Federal de Medicina (CFM) em nome do proprietário da empresa.
Veja o ato assinado da contratação
Veja o local apontado como sendo endereço da empresa, funciona o Hospital São Lucas em Várzea Grande
https://youtu.be/ShwkRCq3Lcg