Política

Por que o MP/MT aponta Emanuel em organograma como ‘chefe’ de uma organização criminosa enraizada na Prefeitura de Cuiabá

Pinheiro, é apontado no relatório do MP/MT como alguém que tinha poder de decisão nas ações do grupo, que conseguiu desviar milhões da saúde do munícipio de Cuiabá

PEDRO RIBEIRO/DA EDITORIA/COM MP-MT 04/03/2024
Por que o MP/MT aponta Emanuel em organograma como ‘chefe’ de uma organização criminosa enraizada na Prefeitura de Cuiabá
Pinheiro, é apontado no relatório do MP/MT como alguém que tinha poder de decisão nas ações do grupo | MP-MT

Ao concluir a investigação sobre uma organização criminosa formada por servidores da Prefeitura de Cuiabá, empresários e integrantes de parte do grupo político do prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro, MDB, membros do Ministério Público de Mato Grosso colocou o próprio prefeito cuiabano no centro de um organograma nos quais orbitam seus auxiliares diretos, e ex-secretário que já foi preso e aliados de longa data do prefeito emebista.

Pinheiro, é apontado no relatório do MP/MT como alguém que tinha poder de decisão nas ações do grupo, que conseguiu desviar milhões da saúde do munícipio de Cuiabá.

O prefeito foi afastado na segunda feira, 04, pelo período de seis meses, por determinação do Desembargador Luiz Ferreira da Silva, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, por praticar corrupção na secretaria de saúde de Cuiabá.

O pedido foi feito pelo Ministério Público do Estado.

O grupo criminoso, segundo o MP, era formado também por Gilmar de Souza Cardoso (assessor executivo da Secretaria Municipal de Governo de Cuiabá), Célio Rodrigues (ex-secretário de Saúde) e Milton Corrêa Costa (ex-secretário-adjunto de Saúde de Cuiabá).

O fluxograma mostra a hierarquia da organização criminosa e diz que Emanuel é quem dava as ordens para Gilmar, que assumia o papel de “articulador operacional”. Já Célio e Milton, foram apontados como articuladores empresariais.

Ao longo de quase oito anos de gestão, a administração de Emanuel Pinheiro foi alvo de 19 operações policiais, a maioria delas relacionadas a suspeitas de esquemas de desvio de recursos públicos na Saúde.

Em outubro de 2021, o mesmo desembargador já havia afastado Emanuel do cargo e determinado a prisão de seu chefe de gabinete, Antônio Monreal Neto, além de autorizar busca e apreensão na residência da primeira-dama Márcia Pinheiro.