Política

Rússia sugeriu que Dilma continue na presidência do Banco dos Brics, diz Putin

Presidente afirmou que levou em consideração "situação que se cria" em torno da Rússia devido à guerra e sanções

PEDRO RIBEIRO/DA EDITORIA/COM CNN 24/10/2024
Rússia sugeriu que Dilma continue na presidência do Banco dos Brics, diz Putin
O líder russo ponderou que a decisão levou em consideração o fato de o Brasil estar presidindo o G20 neste ano | Sputnik/Vyacheslav Prokofyev/Pool via REUTERS

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta quinta-feira (24) que seu governo sugeriu que o Brasil continue à frente do Banco dos Brics e que o mandato da presidente da instituição, a ex-presidente Dilma Rousseff, seja estendido.

O líder russo ponderou que a decisão levou em consideração o fato de o Brasil estar presidindo o G20 neste ano e que, em 2025, a liderança dos Brics também passará ao governo brasileiro.

“Sabemos a situação que se cria em torno da Rússia, não queremos passar esses problemas para as instituições cujo desenvolvimento estamos interessados”, adicionou Putin.

Na terça-feira (22), Putin e Dilma se encontraram em Kazan, na Rússia, onde aconteceu a Cúpula dos Brics.

Sobre o encontro entre os países dos Brics e outras nações, o líder russo disse que discutiram “detalhadamente os esforços conjuntos para estímulo de investimentos para futuro crescimento econômico dos Brics e nos países do Sul Global e do Oriente”.

“Vamos continuar fazendo isso com a ajuda do Novo Banco de Desenvolvimento [Banco dos Brics] e sua presidente, madame Dilma Rousseff”, comentou.

Entrada da Venezuela nos Brics

Durante a Cúpula dos Brics, os integrantes do bloco discutiram a expansão do grupo e convite para nações serem “países parceiros”.

CNN apurou que uma lista com 13 países — que ainda devem ser consultados e, efetivamente, convidados — deixou a Venezuela de fora. Ainda assim, Nicolás Maduro afirmou nesta quinta que o país faz parte dos Brics.

Sobre a possibilidade de que a Venezuela seja convidada para o bloco, Vladimir Putin pontuou que isso só é possível “em caso de consenso” entre os integrantes.