Política

Após indicação ao STF, Alcolumbre anuncia votação com impacto bilionário

Projeto com regras diferenciadas de contratação e aposentadoria para agentes de saúde e de endemias desagrada o Executivo

PEDRO RIBEIRO/DA EDITORIA/COM CNN 20/11/2025
Após indicação ao STF, Alcolumbre anuncia votação com impacto bilionário
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), anunciou que colocará em pauta no plenário um projeto com regras diferenciadas de contratação e aposentadoria para agentes de saúde e de endemias | Waldemir Barreto/Agência Senado

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), anunciou que colocará em pauta no plenário um projeto com regras diferenciadas de contratação e aposentadoria para agentes de saúde e de endemias. O texto deve ser votado na próxima terça-feira (25).

O item, que tem impacto orçamentário na casa dos bilhões e que desagrada o Executivo, foi anunciado após o anúncio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) da escolha do advogado-geral da União, Jorge Messias, para vaga no STF (Supremo Tribunal Federal)Alcolumbre defendia o nome do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Leia também

Como mostrou a CNN Brasil, ele negou que tenha recebido um telefonema de Lula para pacificar a relação.

“A proposta representa um marco para milhares de profissionais que dedicam suas vidas ao cuidado direto da população brasileira. Homens e mulheres que, todos os dias, enfrentam sol e chuva para assegurar saúde, prevenção e orientação às famílias em cada canto do país”, afirmou Alcolumbre em nota.

O PLP (Projeto de Lei Complementar) nº 185/24 é de autoria do senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB) e já passou pelas comissões de Assuntos Econômicos e de Assuntos Sociais e está pronto para votação.

Em outubro, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou PEC (proposta de emenda à Constituição) com conteúdo semelhante. O texto, então, foi enviado ao Senado, mas não teve encaminhamento dado por Davi Alcolumbre.

O relator Antonio Brito (PSD-BA) apresentou impacto estimado em R$ 5,5 bilhões até 2030, portanto, menos de R$ 1 bilhão ao ano. Há divergências, entretanto, quanto ao real impacto da matéria aprovada.