Mundo
Em 1º comício após atentado, Trump faz enquete sobre quem deveria ser seu adversário: 'Kamala ou Biden?'
Ex-presidente participou de evento de campanha no Michigan ao lado do senador J.D. Vance, candidato a vice. Comício ocorreu em um ginásio, local fechado, com segurança reforçada
O ex-presidente dos EUA Donald Trump fez neste sábado (20) seu primeiro comício desde que sofreu uma tentativa de assassinato, há exatamente uma semana. O evento aconteceu no estado de Michigan e em um local fechado, com segurança reforçada. Também participou o senador J.D. Vance, candidato a vice.
Trump anunciou a escolha de J.D. Vance para ser o vice-presidente de sua chapa à Casa Branca na última segunda-feira (15). Este é o primeiro evento de campanha dos dois juntos.
Comício em Michegan foi o primeiro evento de campanha de Trump com J.D. Vance, candidato à vice-presidência — Foto: Carlos Osorio/AP
Trump abriu seu discurso elogiando Vance. Disse que ele defende os trabalhadores e será um vice-presidente maravilhoso. Também relembrou o atentado que sofreu no último sábado e homenageou Corey Comperatore, o espectador que morreu durante a tentativa de assassinato.
"Eles ficam falando 'ele é uma ameaça para a democracia'. Semana passada eu tomei um tiro pela democracia", afirmou.
Durante sua fala, Trump fez uma "enquete em tempo real" com o público do evento, perguntando qual candidato eles preferem que ele enfrente nas urnas. Em seguida, citou a vice-presidente Kamala Harris. Os espectadores responderam com vaias. Depois, fez a mesma coisa com Joe Biden.
"Quem você gostaria que concorresse contra nós? Kamala Harris ou Joe Biden, aquele ladrão?", disse.
A provocação acontece um dia depois de pessoas próximas ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmaram que ele está ressentido com o que considera ser uma campanha orquestrada por líderes democratas para que ele desista da candidatura. As informações foram divulgadas pelo jornal "The New York Times" nesta sexta-feira (19).
Leia também
ESTADOS UNIDOS Trump diz que foi baleado na “parte superior da orelha direita”; veja declaração ESTADOS UNIDOS O que se sabe sobre Thomas Matthew Crooks, homem que atirou em Trump, segundo FBI ESTADOS UNIDOS Biden ordena análise independente de atentado contra Trump; o que se sabe até agora ESTADOS UNIDOS “Era para eu estar morto”, diz Trump em primeira entrevista após ataque ESTADOS UNIDOS Donald Trump é oficializado como candidato presidencial do Partido Republicano ESTADOS UNIDOS Com curativo na orelha, Trump faz primeira aparição pública após atentado em comício ESTADOS UNIDOS Imprensa dos EUA questiona Serviço Secreto após atentado contra Trump ATENTADO A conspiração iraniana que fez segurança de Trump ser reforçada semanas antes de atentado ESTADOS UNIDOS Donald Trump faz primeiro discurso após atentadoTrump repetiu promessas de campanha, como baixar os preços, cortar impostos e melhorar a economia. Além disso, mais uma vez retomou o discurso anti-imigração, prometendo uma deportação em massa de imigrantes ilegais.
"Vamos parar com esta invasão ao nosso país. Vamos acabar com os crimes destes imigrantes. A única coisa boa que estes imigrantes fazem é fazer nossos criminosos parecerem bonzinhos. Eles são barra pesada, não só da América do Sul, mas de todo o mundo", disse.
O ex-presidente também elogiou Elon Musk, citando a doação milionária que o empresário prometeu à campanha republicana.
Trump fez neste sábado (20) o primeiro comício desde a tentativa de assassinato que sofreu há exatamente uma semana — Foto: Tom Brenner/Reuters
Relembre o atentado contra Trump
O candidato presidencial republicano discursava para seus eleitores no último sábado (13) quando os disparos foram feitos. Trump foi atingido de raspão na orelha direita. Na sequência, ele foi escoltado por seguranças e retirado do palco.
Um espectador do comício morreu e outros dois ficaram feridos.
O atirador, identificado como Thomas Matthew Crooks, tinha 20 anos e foi morto pelo Serviço Secreto quando estava num telhado a menos de 150 metros de onde Trump discursava. Crooks usou um fuzil AR-15 para atirar contra o ex-presidente. As autoridades acreditam que arma tenha sido comprada pelo pai dele.