Polícia
A mulher do ex-Deputado Federal de Mato Grosso Adilton Sachetti (PRB), Lidiane Campos, deve ser indiciada nos próximos dias por homicídio com dolo eventual por atropelar e matar Daniel Augusto Costa, de apenas 3 anos.
O crime ocorreu na noite no último domingo,11, na cidade de Rondonópolis (218 km de Cuiabá). Lidiane dirigia uma caminhonete Hilux SW4. Ela cruzou a Avenida 15 de Novembro, atingindo a moto onde estava à criança juntamente com o pai Marcos Souza da Costa, de 30 e a madrasta Dayane Palmeiras dos Santos, de 35.
Lidiane, após a colisão não prestou socorro às vitimas e mesmo após a colisão, prosseguiu até a Rua Rosa Bororo e virou fugindo pela contramão. A criança sofreu traumatismo craniano e o pai e a madrasta sofreram diversas lesões. Fontes da Polícia afirmaram que Lidiane após atropelar violentamente as vítimas, não prestou socorro e nem solicitou auxílio da autoridade pública, agindo com imprudência e negligência.
Além disso, Lidiane deve ter uma agravante no indiciamento que é a omissão de socorro, pois gerou danos à saúde e à integridade das vítimas, pois o socorro não foi realizado tão rapidamente quanto poderia. No caso da fuga com vítimas, diz um delegado da Polícia Civil, “o condutor responde pelo crime de fuga, pelo crime de omissão de socorro e vai responder também por todas as agravantes que aquele acidente tiver”.
A pena, afirma o delegado, estipulada para o delito do artigo 302 do Código de Trânsito Brasileiro é de dois a quatro anos, diferentemente da pena prevista para o homicídio culposo do Código Penal, que é de um a três anos.
O Código de Trânsito previu no § 1º do artigo 302 algumas causas de aumento de pena do homicídio na direção de veículo automotor, entre elas deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à vítima do acidente. E é o caso de Lidiane. Nesta quara feira, 14, Lidiane em companhia de seu advogado, Wilson Lopes esteve na Delegacia de Polícia e prestou depoimento para a Delgada Ludmila Zorzetti Vendramel. No depoimento, ela afirmou que fugiu com medo de ser agredida depois de ser cercada por testemunhas. Lidiane foi liberada, mas o veículo foi apreendido para perícia.