Polícia
Preso piloto da moto usada na execução da personal Rozeli; pais de PM são investigados por participação
DHPP prende Vitor Hugo Oliveira da Silva, cúmplice no crime; investigação aponta envolvimento da família do policial Raylton Mourão

A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu na terça-feira (30), em Cuiabá, Vitor Hugo Oliveira da Silva, suspeito de ser o piloto da motocicleta utilizada no assassinato da personal trainer Rozeli da Costa Sousa Nunes, de 33 anos. O crime ocorreu no dia 11 de setembro, no bairro Canelas, em Várzea Grande.
Segundo a Polícia Civil, Vitor Hugo teria atuado ao lado do policial militar Raylton Duarte Mourão, autor confesso dos disparos que tiraram a vida da vítima. A prisão do piloto ocorre um dia após o cumprimento de três mandados de busca e apreensão em imóveis ligados ao PM, na cidade de Rosário Oeste.
Uma coletiva de imprensa foi marcada para às 17h30 desta terça-feira para detalhar os desdobramentos do caso.
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“Constatamos vários apontamentos falsos declarados por eles. O que nos leva a crer que participaram, de certa forma, da ação criminosa realizada pelo filho”, afirmou o delegado.
Rozeli foi assassinada com tiros no rosto quando saía de casa para o trabalho, por volta das 6h da manhã do dia 11 de setembro. Testemunhas relataram que uma dupla em uma motocicleta interceptou o carro da vítima e efetuou os disparos.
A motivação do crime seria uma ação judicial movida por Rozeli, no valor de R$ 24.654,63, por danos materiais e morais decorrentes de um acidente de trânsito ocorrido em março de 2025, envolvendo um caminhão-pipa de empresa registrada em nome do policial militar.
No dia 13 de setembro, a casa de Raylton foi alvo de busca e apreensão. Foram encontrados munições, eletrônicos, sapatos e um par de luvas. Ele e a esposa estavam foragidos e tiveram prisão temporária decretada no dia 14.
O PM se entregou no 1º Batalhão da Polícia Militar no dia 22 e, no dia seguinte, sua esposa, a farmacêutica Aline Valando Kounz, também se apresentou. Ela teve a prisão revogada por ausência de indícios de autoria ou participação no crime.