No final de Junho, chegou à Procuradoria da República um dossiê contando como funcionava o abastecimento do ‘esquema’ de corrupção aos fiscais agropecuários de Mato Grosso(nas cidades de Cuiabá, Nova Marilândia, Nova Mutum e Mirassol D´Oeste) e mais oito estados brasileiros.
A "teia" tinha como um dos seus mais sólidos canal de abastecimento, a empresa União Avícola que fica na cidade de Nova Marilândia (a 270 km de Cuiabá), e que é de propriedade do ex-senador mato-grossense Cidinho santos, do PL.
Segundo a Polícia Federal, a empresa do ex-parlamentar e que repassava a propina aos fiscais dos nove estados brasileiro. A empresa de Cidinho era usada pela BRF, dona da Sadia, pela Perdigão e JBS, dona da Friboi e Seara, para repassar a propina a fiscais. Essa informação também consta na delação premiada do empresário Joesley Batista.
A PF confirma que foram pagos mais de R$ 19 milhões em propina aos fiscais. “Os valores eram pagos em espécie, por meio do custeio de planos de saúde e até mesmo por contratos fictícios firmados com pessoas jurídicas que representavam o interesse dos fiscais”, disse a PF.
Na manhã desta terça feira, 01, Cerca de 280 policiais federais cumpriram desde as primeiras horas da manhã de terça, 68 mandados de busca e apreensão em nove estados:: Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Goiás, Mato Grosso, Pará, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Federal de Ponta Grossa, no Paraná. A operação chamada Romanos e a 4ª fase da Operação Carne Fraca, e faz referência a diversas passagens bíblicas do Livro de Romanos que tratam de confissão e Justiça. O esquema investiga 60 fiscais, empresários e empresas envolvidas na “teia” de corrupção.
