Também em Gwangju, a multicampeã em maratona aquática Ana Marcela Cunha carimbou o passaporte para o Japão ao concluir em quinto lugar a prova dos 10Km. A maratonista conquistou dois ouros no mundial nas provas de 5Km e 25Km. Já tetracampeã mundial, Ana Marcela Cunha ainda faturou outros dois ouros: nas provas de 10Km dos Jogos Pan-Americanos de Lima (Peru) e dos Jogos Mundiais Militares (JMM), na China. O talento da atleta ganhou destaque na edição de 2020 do Livro dos Recordes, o Guinness Book: ela entrou na edição deste ano por ser a maior vencedora do Circuito Mundial da Fina (Federação Internacional de Natação) na prova de 10km, com quatro vitórias.
Ginástica Artística
A seleção brasileira masculina masculina (Arthur Zanetti, Caio Souza, Arthur Nory, Lucas Bitencourt e Francisco Barreto) assegurou a classificação no Mundial de Ginástica de Stuttgart (Alemanha) com o 10º lugar (247.236 pontos).
A ginasta Flávia Saraiva garantiu a primeira vaga individual olímpica na ginástica artística, com a 10ª melhor nota na classificatória individual geral. O Brasil pode almejar mais vagas individuais pela classificação nas Copas do Mundo de 2020.
Skate
Na estreia da modalidade no programa de novos esportes olímpicos em Tóquio 2020, o Brasil já chega como um dos favoritos. Entre as mulheres, duas brasileiras estão no topo do ranking do street feminino: Pâmela Rosa lidera com 140 mil pontos, e Rayssa Leal, a Fadinha, ocupa a segunda posição, com 124 mil. Neste ano, Pâmela conquistou o título mundial de street, faturou a Street League de Londres e também se sagrou campeã do Oi STU Open, no Rio de Janeiro.
A maranhense Rayssa Leal, de apenas 11 anos, se tornou este ano a skatista mais jovem a vencer uma etapa da SLS (Mundial Skate Street), a Street League Skateboarding, em Los Angeles (Estados Unidos). Ela fez dobradinha com Pâmela Rosa, segunda colocada. Em setembro, as duas inverteram a dobradinha no Campeonato Mundial: Pâmela venceu e Rayssa foi vice-campeã de street. A janela de qualificação para obtenção de pontos para o ranking mundial segue até 31 de maio de 2020.
Esgrima
A Nathalie Moellhausen, de 33 anos, fez história em julho ao conquistar o ouro inédito para o Brasil no Mundial de Esgrima de Budapeste (Hungria). A esgrimista conquistou o primeiro lugar na espada e, na ocasião, disparou da 22ª posição para a quarta colocação no ranking mundial, aumentando suas chances de representar o país na olimpíada no ano que vem. Até 2011, a atleta disputava pela Itália, onde nasceu. Moellhauen é naturalizada brasileira e passou a defender as cores verde e amarela em 2014. O ranking mundial que define a classificação para os jogos olímpicos será divulgado pela Federação Internacional de Esgrima em abril do ano que vem.
Badminton
O carioca Ygor Coelho sagrou-se campeão dos Jogos Pan-Americanos de Lima (Peru), passou a ocupar a 21ª posição no ranking mundial e ficou bem próximo de assegurar a vaga olímpica. O ranking mundial classificatório fecha em abril de 2020 e os 40 mais bem colocados se classificam para a Olimpíada do Japão.
Boxe
O ano foi pra lá de especial para a baiana Beatriz Ferreira, de 26 anos. Pugilista na categoria até 60Kg, ela conquistou o ouro nos Jogos Pan-Americanos de Lima (Peru) em agosto. Em outubro, Bia Ferreira também faturou a medalha dourada no Campeonato Mundial de Boxe Feminino, na cidade de Ulan-Ude (Rússia). Foi a primeira vez que uma brasileira venceu a competição feminina. No início deste mês, a boxeadora foi condecorada como atleta do ano pelo Prêmio Brasil Olímpico.
Apesar de favorita, a atleta ainda não tem vaga garantida em Tóquio 2020. Com a suspensão da Associação Internacional de Boxe Olímpico (Aiba) pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), a classificação sairá após a realização de cinco torneios pré-olímpicos (entre janeiro e abril de 2020).